segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Kanye "Bruno" West

CARA

Mal saiu a capa do novo disco do Kanye West, My Beautiful Dark Twisted Fantasy, e ela já foi banida nos EUA. Inacreditável.

Mas, pra mim, MUITO mais bizarro do que isso é notar que o homem na capa, que seria o Kanye, CARA, é, na verdade, o BRUNO DO MENGÃO. Olha a cara. O cabelo. As orelhas.

E a mulher DE ASAS, SEM BRAÇOS E COM A PERNA MUTILADA sobre ele???

Ok, ok... Mas eu bolei.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Bon Jovi




Eu gosto do Lula
Chico Buarque gosta do Lula
Mas eu gosto do Chico Buarque só quando ele fala de política
Sem melodia
Ou seja
Gosto do Chico Buarque rapper
Nem eu
Nem Lula
Nem Chico Buarque rapper gostamos
do Bon Jovi

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Felipe Dylon fielmente transcrito

Acho que sinto uma mistura de pena, raiva e grande vontade de rir.


oglobo.globo.com
Sete quilos mais magro e sem dread-locks, Felipe Dylon se prepara para a estreia de Open bar, no Multishow. Confira vídeos em que Dylon usa sete ou oito palavras e clichês de montão para comentar a nova fase. E insiste: parou em uma clínica psiquiátrica por exagerar na pizza e no surfe.

Disse Dylon

(sobre os dreads)

"A cada momento que você tem a oportunidade de mudar o seu visual e de acrescentar um dreadlock ao cabelo, assim, eu acho que é um momento diferenciado e único porque a cada vez que você bota uma dread no cabelo e tal e a galera vê ali, analisa, observa, vê que você tá com uma coisa legal, um visual novo, diferenciado e tudo, e sabe levar isso para o lado maneiro da coisa, e conseguir, ainda por cima, agradar, assim, a fãs mais velhos, né, que talvez gostem do Bob Marley, ou seja, essa galera, assim, que tem dread também, é muito legal, porque você consegue desempenhar a sua tarefa da melhor maneira possível e, ainda por cima, agradar a uma nova gama de pessoas muito legal e interessante também.

Coloquei dread exatamente pra tentar mudar a minha imagem, exatamente. Eu acho que eu tinha uma imagem de garoto jovem, garoto da praia e tudo, assim, e tal, então com a dread no cabelo eu passei a ter uma imagem - eu não diria que mais madura, porque o dread, realmente, é uma coisa até jovial, eu diria, assim -, mas eu acho que o fato mesmo de você colocar um visual novo, diferente, passa um amadurecimento."

(sobre a... pizza)

"Eu não tenho nenhum problema em falar, por mais que as pessoas que trabalham comigo falem 'pô, não fala sobre isso' e tal, mas foi, pô, o seguinte: eu tava surfando muito, tava pegando muita onda e tal, e aí, poxa, tava precisando realmente de um momento de relax, de um momento só meu, assim, ficar um pouco mais sozinho e tal (...). Poxa, teve um dia que eu passei mal e tudo. E aí a minha mãe, pô, falou pra mim: ' Vamo numa clínica, meu filho. Vai numa clínica pra você, poxa, passar uma semana, pra você se curar, sacou?'.

Mas não foi por causa de... de nada assim, sacou? Foi porque eu tava surfando muito e tava me alimentando pouco. Não era porque eu tava deprimido não. Era porque eu tava com falta de potássio no sangue mesmo. Tava com pouco ferro no sangue e eu precisava me hidratar, sabe, legal mesmo, e tudo, assim, e tomar os remédios, me alimentar bem. Esse negócio de pizza estava me fazendo mal, sabe, pra saúde mesmo, entendeu, então eu precisava de um tempo para, sabe, a saúde voltar a ser o que era, sabe? É uma clínica aqui no Rio, chamada Nip [Núcleo Integrado de Psiquiatria], na Barra da Tijuca."

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Guilherme

Agora há pouco

Me aparece uma notícia sobre um menino de Vitória

Um menino de um ano e pouco

Foi fazer uma cirurgia

Ia tirar duas verrugas próximas à orelha

Mas morreu na operação



Guilherme é o nome dele



Moreno

Como o meu irmão pequeno é

Filho adotado

Estava tendo a sua chance


Sua mãe o filmou correndo na sala de operação

Ali

Todo vivo

Todo alegre

Com a touca, de chupeta, na foto


Acho que vou chorar para sempre

Existem coisas que simplesmente vão contra toda e qualquer lei desse universo

Coisas que, independente de culpados ou razões, não fazem o menor sentido

E que, por isso, machucam assustadoramente


Um beijo em você, moleque

No infinito do qual saiu há pouco e para onde agora volta

Corra feliz e para sempre

segunda-feira, 22 de março de 2010

1.9.3.0.'''s

Aos 30, tenho passado um tempo legal trancafiado musicalmente nos anos 30. Muita coisa absurda: Noël Rosa, Almirante, Mário Reis, Francisco Alves, Aracy de Almeida, Carmen e Aurora Miranda, Sílvio Caldas, Lamartine Babo, Ismael Silva... Um panorama surreal cerca de dez anos depois da pseudocriação do próprio surrealismo.

E se o rádio brasileiro era de ouro maciço, a tela do cinema americano plantava sementes atmosféricas que fariam brotar mágica nas mãos de gente como Billy Wilder dali a poucos anos.

É fato de que o futuro encanta, reserva novidades e nascimentos mais do que sensacionais, mas não há como esconder a vontade de ter nascido em 1910.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Comitê Julgador

Engraçado como tantos gostam de determinar a torto e a direito o que é certo ou nocivo .

A cultura de ausência enraizada nesse nosso Estado - e saboreada tanto pelos pobres quanto pelos cegos de espírito - prefere, claro, ataques aos quilombos a um completo exterminío do abismo social mais do que existente.

Para essas pessoas "do bem", todos os outros são o próprio mal. Afinal, seguramos o talher da forma errada, dançamos indecentemente e comemos pedras de crack com leite no café da manhã.

Julgadores de valores: deixem o mundo real em paz.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Resposta não enviada para um concurso de outra praça

No desabrochar de flores em gestação
Supera dores
Temores
Eternos perdidos amores de uma vida ou de um verão

quinta-feira, 4 de março de 2010

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Quando vi
Pensei:
"Mas eu também tenho algo faltando"
Estava certo disso
Era alguma coisa clara
Até agora tento descobrir o que é
Há algo, mas não lembro ou não sei

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Derrubar

Conforme o tempo passa
Passo a saber o que evitar
Quem não te deixa ser você
Não deve te enxergar

Quando se é um pouco mais jovem
E bastante mais fraco
Te tratam como querem
Por que homem, se podem vê-lo como rato?

A distribuição de "sim" e o querer fazer parte
Atropelam o "mim" e o rumar para o norte
Pra se sentir o zero que queriam que fosse
"Me diga onde ir, pois só temo, só temo..."

Então o tempo passa e encontra seu lugar
Não permite que cheguem a profanar seu altar
Músculo da cabeça, veja, cada vez mais forte
Considerando a si, e, por que não, a sorte

Então o ontem chega, assim, sem nem avisar
Sua porta você abre, mas não o convida a entrar
Entrando ele percebe não ser tão tão bem quisto
Não é oferecido copo, sonho, queijo ou um mixto

Mas

Depois te tanto tempo ele volta a tentar
E você, bom, entende que nada vai mudar
Depois de dizer "faça o que quiser, o que lhe alegrar"
Se recolhe a si

Nunca irão
Novamente
Te derrubar

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Metrolhadora

Essa logo dá saudades...

Quando tinha sete anos e era dia de ir ao centro da cidade com a minha mãe, ficava todo feliz. Andaria de metrô! Tranquilo. Rápido. Gelado.

Como o panorama mudou... Hoje, a temperatura dentro das composições é semelhante a do inferno (talvez seja pela proximidade ali no subsolo...) e a coisa mais normal que ouvimos é que "ficaremos parados mais alguns minutos até que haja a normalização do tráfego".

Hoje, metrô dá frio, mas só na barriga. Velocidade? Conforto? Prefiro ir a pé. Ou nem ir mais.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Haiti

Fisicamente, geologicamente falando, sei quais são as explicações: placas, abalos, falta de infraestrutura...

Mas, para o Deus no qual tenho passado a crer, qual é o motivo? Qual a motivação? O que explica?


Desmascara?


Não é possível que povos inteiros tenham dívidas cármicas...

Em horas como essa, ou você fecha os olhos, agradece, e apenas aceita seu destino, ou cospe para os céus.

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Enquanto um mundo branco, tolo, pensa em queimar gorduras localizadas, há um fim do mundo localizado.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Vida em frente



Doze semanas de vida. Seis centímetros e meio de amor.

Ainda coloquei uma trilha sonora que conta, no final, com as batidas do coração dessa pessoinha que chega chegando.

Ai, ai...