Você vive em casa. Ao seu lado, seu bicho.
Um dia, coroa, procurando seu óculos no escuro do seu apartamento, tropeça. E cai.
Na queda, bate sua cabeça. Fica ali, desacordado por um dia inteiro.
Seu animal, seu amigo, ao seu lado, chora. Quer que você levante. Late/mia baixinho.
Você ouve, mas não consegue se mexer. Não sente o corpo, a não ser a leve sensação de estar grudado, molhado. Não percebe, mas seu rosto é sangue. Quando percebe, desmaia.
Perdeu muito sangue. Já não sente mais nada. E nem pronunciar um mísero som. Fraco demais.
Seu amigo agora late/mia de fome. Sete dias sem comer.
Desmaia. Acorda. Latidos/miados. Há um pedaço de carne solta na sua testa.
Desmaia. Acorda. Latidos/miados. Há um pedaço de carne solta na sua testa.
Desmaia. Acorda. Não há mais latidos e nem miados.
Percebe que não enxerga como um olho e que o outro está absolutamente imprestável.
Com o pouco que vê, vê o amigo.
E o amigo lambe os beiços.
Desmaia. Não acorda.
Um dia, coroa, procurando seu óculos no escuro do seu apartamento, tropeça. E cai.
Na queda, bate sua cabeça. Fica ali, desacordado por um dia inteiro.
Seu animal, seu amigo, ao seu lado, chora. Quer que você levante. Late/mia baixinho.
Você ouve, mas não consegue se mexer. Não sente o corpo, a não ser a leve sensação de estar grudado, molhado. Não percebe, mas seu rosto é sangue. Quando percebe, desmaia.
Perdeu muito sangue. Já não sente mais nada. E nem pronunciar um mísero som. Fraco demais.
Seu amigo agora late/mia de fome. Sete dias sem comer.
Desmaia. Acorda. Latidos/miados. Há um pedaço de carne solta na sua testa.
Desmaia. Acorda. Latidos/miados. Há um pedaço de carne solta na sua testa.
Desmaia. Acorda. Não há mais latidos e nem miados.
Percebe que não enxerga como um olho e que o outro está absolutamente imprestável.
Com o pouco que vê, vê o amigo.
E o amigo lambe os beiços.
Desmaia. Não acorda.
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