segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Derrubar

Conforme o tempo passa
Passo a saber o que evitar
Quem não te deixa ser você
Não deve te enxergar

Quando se é um pouco mais jovem
E bastante mais fraco
Te tratam como querem
Por que homem, se podem vê-lo como rato?

A distribuição de "sim" e o querer fazer parte
Atropelam o "mim" e o rumar para o norte
Pra se sentir o zero que queriam que fosse
"Me diga onde ir, pois só temo, só temo..."

Então o tempo passa e encontra seu lugar
Não permite que cheguem a profanar seu altar
Músculo da cabeça, veja, cada vez mais forte
Considerando a si, e, por que não, a sorte

Então o ontem chega, assim, sem nem avisar
Sua porta você abre, mas não o convida a entrar
Entrando ele percebe não ser tão tão bem quisto
Não é oferecido copo, sonho, queijo ou um mixto

Mas

Depois te tanto tempo ele volta a tentar
E você, bom, entende que nada vai mudar
Depois de dizer "faça o que quiser, o que lhe alegrar"
Se recolhe a si

Nunca irão
Novamente
Te derrubar

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Metrolhadora

Essa logo dá saudades...

Quando tinha sete anos e era dia de ir ao centro da cidade com a minha mãe, ficava todo feliz. Andaria de metrô! Tranquilo. Rápido. Gelado.

Como o panorama mudou... Hoje, a temperatura dentro das composições é semelhante a do inferno (talvez seja pela proximidade ali no subsolo...) e a coisa mais normal que ouvimos é que "ficaremos parados mais alguns minutos até que haja a normalização do tráfego".

Hoje, metrô dá frio, mas só na barriga. Velocidade? Conforto? Prefiro ir a pé. Ou nem ir mais.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Haiti

Fisicamente, geologicamente falando, sei quais são as explicações: placas, abalos, falta de infraestrutura...

Mas, para o Deus no qual tenho passado a crer, qual é o motivo? Qual a motivação? O que explica?


Desmascara?


Não é possível que povos inteiros tenham dívidas cármicas...

Em horas como essa, ou você fecha os olhos, agradece, e apenas aceita seu destino, ou cospe para os céus.

------------------

Enquanto um mundo branco, tolo, pensa em queimar gorduras localizadas, há um fim do mundo localizado.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Vida em frente



Doze semanas de vida. Seis centímetros e meio de amor.

Ainda coloquei uma trilha sonora que conta, no final, com as batidas do coração dessa pessoinha que chega chegando.

Ai, ai...