domingo, 31 de maio de 2009

Falando por meio de outrem

Só tenho escutado Beatles e cada cara que integrava esse inexplicável grupo de pessoas.

Então acho que o vídeo de "I Am The Walrus" pode falar por mim no dia/noite/dia de hoje. Acompanhem os passos de homens-ovo, de policiais perdidos e de músicos felpudos e animalescos.

Note ainda que eu sou ele tanto quanto você é ele (e você também sou eu) e estamos todos juntos. Pense ainda em porcos, milho, jardins e em pessoas que deixam a cara crescer.

Hoje não irei falar. Deixarei que os caras falem por mim. E estarei em boas bocas.




E que Phil Spector, figura de importância absurda na história na música mundial e personage chave em grandes momentos da história dos Beatles, juntos - como em "Let It Be" - ou não - como em "All Things Must Pass", do George Harrison -, encontre alguma paz de espírito.

Tempo para isso ele terá. Afinal, 19 anos na prisão são quase 7 mil dias.

Que merda.


quinta-feira, 28 de maio de 2009

Não Quero Dizer Mais Nada

Letra: Marcio Teixeira de Mello

Vamos lá
Como assim?
Preciso mais de você do que precisa de mim

Como vai?
Vou assim...

Qual lugar?
Logo assim?
Nada pode me deter
Mas claro que pode, sim

Como vai?
Tão ruim...

Eu quero dizer que sim
Eu quero dizer, enfim
Não quero dizer mais nada
Esse mundo é uma piada

Vamos lá
Como assim?
Eu preciso que você agora precise de mim

Como vai?
Vou assim...

terça-feira, 26 de maio de 2009

Obina e a ingratidão


Não gosto da notícia da ida do Obina para o Palmeiras. A massa rubro-negra pode me defenestrar, mas acho que o baiano tinha que ter contrato vitalício com o Mengão.

Afinal, fez gols de título, gols que afastaram o Flamengo da Série B... E é um personagem que, se tivéssemos um decente departamento de marketing, poderia ser uma bela fonte de receita. Aliás, se o Flamengo tivesse psicólogos como parte real da comissão técnica, jogadores com o perfil do Obina, de grande potencial mas que precisam de apoio e incentivo, iriam render muito mais.

Agora, o cara é tratado como um cão. Somos ingratos pra cacete. Um pouco mais de respeito com quem nos deu várias alegrias seria o mínimo que se poderia pedir.

Pelo menos Obina agora será cobrado por profissionais sérios, receberá em dia...

Valeu, Obina. Seu nome, queiram ou não, já está para sempre na história do Flamengo.

E, sim, espero que, em breve, você e sua estrela voltem a brilhar por aqui.

domingo, 24 de maio de 2009

Balas no ar: eu sobro








Sonhei com Manguinhos
E pontes
E com aquele cheiro da refinaria
(o esmalte no ar agora faz tudo voltar)
E vôos
E com a polícia fuzilando todo mundo
Mas eu sobro

Sonhei com uma universidade
Escrota
Cheia de gente branca e esperta
E então alguém abria fogo
E fuzilava todo mundo
Alguém já morto, na minha frente, aceitava as balas que eram pra mim
E eu sobro

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Mesmo no pesado, no bélico, no balístico, eu sobro, e vejo alguém beber um vinho sem álcool chamado "Uva Pra Mulher".

Uva pra mulher.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Maçã

Sonhei hoje que tinha tatuado uma grande maçã ultrarealista atrás do lábio inferior. Uma maçã com a parte mordida voltada para a frente.

Acima dela, mas sem tocá-la, um boneco azul feito apenas com traços. Como o Trapinho, personagem do meu tio, o grande Wander Monteiro.

Abaixo da maçã, um texto ridículo. Algo como "Worldship Soccer Footballship". Algo que, se fizesse sentido, sairia como "Fraternidade Mundial do Futebol da Fraternidade do Futebol". Eu tinha vergonha do texto, que, aparentemente, tinha brotado ali.

Mas a tatuagem também era um sol. Acho que um sol que virou maçã.

Nas ruas, peças de carro, todas cheias de furo, se deslocavam no ar em câmera lenta. Acho que todas eram semelhantes ao que acho que é o cano de descarga "completo". Não só o cano, mas o que vem depois dele e fica sob/dentro do carro. Como um dente, que vemos a ponta, e não a raiz. Não sei. Era como se as peças estivessem dentro de uma piscina. Eu tocava algumas e as empurrava levemente para que voassem em determinadas direções. Uma, me lembro, quase acertou um mendigo sentado na rua Desembargador Isidro, na Tijuca, Rio de Janeiro. Torci para que não alcançasse e nem machucasse o cara.

Também voei. Voei como quem nada. E enquanto voava, lembrava de outros sonhos em que era perseguido por gente que, do alto dos prédios, me via voar.

Nos meus sonhos, voar sempre foi errado. Nunca ninguém apontou para mim e disse "que legal, ele voa, mãe". Querem é me abater, mas acho que não sei a razão. A psicanálise falará de liberdade versus opressão do mundo. Liberdade contra os padrões comuns e mais fáceis.

Eu digo que não sei, e sigo voando, com minha tatuagem de maçã, meu personagem azul e palavras sem sentido.

O que é muito bom.


quarta-feira, 20 de maio de 2009

The Will To Death


Então dizem por aí que John Frusciante, o cara que renasceu das cinzas para fazer a música mais fantástica do universo, estaria novamente perdido na floresta, e há três semanas. Dizem, mas não há nada confirmado. Pode ser uma superlenda que faz com que o universo dos Chili Peppers ganhe movimento em tempo de marasmo total. Mas a possibilidade gera alguma reflexão.

O fato é que Frusciante cheirava pó antes dos 15 anos. Com vinte e poucos, tamanha era sua entrega à heroína, que chegou a morar na rua e comer sopa pra mendigos. Talvez até em função da ausência de dentes. E de dinheiro, já que o cheque dos royalties ficava cada vez mais magro.

Então, chega a sobriedade. E ela fica. Composições unidas gerando quilos de discos perfeitos. Mas sobriedade apenas fica, não é. Todo mundo sabe que um viciado será sempre um viciado. Talvez longe da droga durante muito tempo, ou até o fim da vida. Mas sempre um viciado.

Esta história do sumiço do cara e de uma possível volta aos velhos hábitos pode, talvez, não ser real. A fonte pode ter sido mal informada, e na maior boa vontade tornou pública a notícia. Mas que é bem possível, pode crer que é.

Frusciante, mesmo após limpeza, crescimento e busca da luz, é um cara obviamente auto-destrutivo. É um sujeito deprimido e que aceitaria a morte numa boa. Já disse isso em entrevistas. Talvez até lhe dê as boas-vindas. Seria uma pena, pois o cara poderia criar e criar e criar até 2070. Mas se o desejo, e uma possível fraqueza, indica outro caminho, que seja. E que fique bem.

No final, o que é fraqueza ou força? Que fique feliz, fazendo o que for, estando onde estiver.

Vai que de repente ele agora está decifrando o funcionamento de um sintetizador de 1972, de 200 quilos, pensando em correr 2 km daqui a uma hora.

Mas vai que de repente ele está azul agora, ou cinza, mas andando feliz em uma floresta que ele conhece e ama.

Tudo estaria bem.



segunda-feira, 18 de maio de 2009

Pensando em um terremoto e em linhas retas

Pouco mais de uma da manhã. Informações sobre um terremoto em Los Angeles chegam. Não me preocupo. Lembro apenas do tal Big One, que, prometem, juram, esperam, fará um dia a República da Califórnia se transformar em uma ilha. Mas esse dia nunca chega.

Esperando, hippies sequelados armazenam milhares de litros d'água. Água já velha, já podre. Pais de família republicanos constroem abrigos anti-míssil e convidam amigos de seus filhos para visitas, e, a sós, jogam videogame.

Estrelas de Hollywood se entregam a grupos pacifistas que, por meio da energia positiva, farão o terremoto futuro se transformar em uma gigantesca onda de amor. Semiestrelas do passado, com rostos de plástico, se entregam a seitas que já sabem quando o próximo cometa passará.

Penso em um balançar de prédios que não sei o que é e que nada significa para mim. Penso em tetos, que de base da segurança do habitar ("tenho um teto pra morar"), se tranformam em armadilhas. Ter seu teto sobre você e sobre sua família deve ser o mais profundo tipo de traição que um homem pode sofrer.

Penso na Falha de San Andreas e em como as linhas retas, as certezas do mundo, podem ser curvas. Penso também nos Red Hot Chili Peppers e nessa história de que John Frusciante poderia estar sumido há três semanas, vivendo dentro de uma seringa carregada de heroína.

Penso que seria estranho se Los Angeles acabasse sem eu a conhecer. Deve ser um belo lugar, cheio de palmeiras, praias, patins e pornografia.

Terremoto. Nada é imutável. O chão passeia. E a gente vai.

Foto original retirada do site
The Figure Head e remixada por mim.


quinta-feira, 14 de maio de 2009

Falsa Coral

Letra: Marcio Teixeira de Mello

Tão bonitas suas homenagens
Todos sempre, então, amaram
Supermaravilhosas imagens
Vocês sempre apresentaram

Cortam a cabeça e o coração
Seguem sempre sem razão
Seguem sempre pra ganhar
Fácil dizer que queriam que estivesse aqui ou lá

Mas, pior do que o que não há
É o que nunca esteve, então
Pior que superestimar
É fabricar uma falta de chão

Continuando a emocionar
Rolem lágrimas de urina
O resto pode viver só
Feito um rabo de uma lagartixa

O resto pode viver só
Não é o que fazem e o que agrada?
Não é o que está próximo do nada?
E não é tudo que eles querem ser, afinal?

E não é tudo que eles querem ser?

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Considerações sobre a superioridade rubro-negra, Libertadores e Bangu: 1º time a aceitar negros

Não quero precisar mais falar o que vocês irão ler abaixo. Então, por favor, leiam e aprendam algumas coisas sobre Libertadores, lendas vascaínas e a conclusão óbvia: Flamengo é Flamengo, logo maior que você, você e você.
- Se você torce para o Fluminense:

Parabéns, pois seu time eliminou o Boca de uma Libertadores. Vocês ainda venceram o São Paulo na mesma competição. Mas, no final, tomaram na final. Não irei me alongar, falando sobre divisões inferiores, viradas de mesa e afins. Passo.

- Se você torce para o Botafogo:

Parabéns, seu time teve o Garrincha. Tchau.

- Se você torce para o Vasco:

Venceu uma Libertadores batendo o River na semifinal. Oh! Parabéns! Mas River já não era potência nenhuma, né? Mas tudo bem...

Final contra o Barcelona do Equador. Ok. Final é final. Ganhou. Se bem que Libertadores nos tempos modernos é um torneio limpinho, cheiroso, hidratado, e não uma guerra bárbara como até meados dos oitenta. Não se leve tão a sério...

Mas, já que venceu, ganhou direito a disputar não um, mas DOIS MUNDIAIS DE CLUBES... É isso mesmo: com uma Libertadores, o time poderia ser bicampeão mundial. Mas Vasco é vasco, né? E, como tal, tomou no lombinho nas duas vezes.

E depois de jogar, e tomar, do Real Madrid, teve a chance de levar um título de consolação: a Interamericana. Mas levou do DC United, dos Estados Unidos. Lamentável.

- Mas aí, não podendo falar de títulos e tal, e lembrando que torce para um um clube de segunda categoria, o vascaíno se desespera e vem falar que "o Vasco tem uma linda história, pois foi o primeiro time brasileiro a aceitar negros".

Aí eu o chamo de mentiroso ou mal informado, uma vez que o Bangu foi o primeiro time brasileiro a permitir que um negro fizesse parte de sua equipe. Isso foi em 1905, e o jogador chamava-se Francisco Carregal. Mas o Vasco leva a boa fama porque o seu time que contou com negros (descendentes dos ESCRAVIZADOS pelos... PORTUGUESES que fundaram o... VASCÃO!) foi campeão em 1923. Vale lembrar que o futebol vascaíno só começou em 1915, portanto, 10 anos depois de o Bangu já contar com negros em seu time.

Leiam http://www.bangu.net/informacao/reportagens/20090417_2.php e saibam um pouco mais sobre o assunto.

Então não venham com essa de "história bonita do Vasco", pois "história bonita do Vasco" é apenas conversa pra boi dormir. Papo de derrotado, na verdade.

- Aí chega alguém com faculdades mentais altamente comprometidas e diz que a Libertadores vencida pelo Flamengo foi uma "moleza". Que o Flamengo não teve que eliminar o River! Cara, vem cada um com cada argumento ridículo... Mas nós, flamenguistas, somos pacientes. Pacientes e perseverantes.

Depois de xingá-lo, direi calmamente:

Sobre a Libertadores do Flamengo, vá ver quantos esquadrões o Flamengo teve que bater no Brasileiro de 80 para se classificar para aquela porra. Vá ver quanto sangue jorrou em gramados ermos nos confins da América do Sul, sem jogo transmitido após a novela. E vá ver quantos babacas palhaços atleticanos tiveram que ser demolidos ao longo do caminho.

E se o Cobreloa, que perdeu o título para o Flamengo em um jogo em campo neutro, após duas partidas de muita porradaria, deixou Nacional e Peñarol pelo caminho, significa que era uma equipe superior a essas. Irmãos, para ser campeão, o Flamengo teve que bater Olímpia, Cerro Porteño e Deportivo Cali, potências sulamericana na época e times extremamente tradicionais em seus países. E vocês têm idéia do que era a Colômbia e o Paraguai em 81? E a Bolívia? Ah, tá...

E se o River, verdadeira obsessão do vasco (vai ver que Freud explica... tem a coisa da faixa diagonal copiada da camisa dos argentinos... Rola, certemente, um fetiche platino aí) tombou na 1a fase da Libertadores de 81, lamento: a culpa não é do Mengão.

Mengão esse que, tempos depois, fez 3 a 0 no Liverpool e sagrou-se Campeão do Planeta Terra.

Mais alguma dúvida? Alguma questão? Parem de querer comparar seus times ao Flamengo e passem a se dedicar a outros esportes ou passatempos. Vôlei, por exemplo, é uma perfeita mistura entre esporte, passatempo e frescura. Dediquem-se ao vôlei e nos deixem curtir o nosso Olimpo, habitado por seres como os que você vê no início desse post.


Obs: Boa parte das fotos acima integram a capa do livro "Os Dez Mais do Flamengo", de Roberto Sander. As demais saíram de álbuns de figurinhas, a maioria do de 87.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Saindo da Prisão

Ela vive hoje seu último dia na prisão
E imagino as coisas boas que agora passam por sua cabeça
Penso em imagens que devem ir ao seu coração
E sei que ela certamente irá crescer

Amanhã o sol será diferente
E o sou será mais ainda
Amanhã a vida lhe sorrirá tão bonito
Que ela também sorrirá

E os dias seguintes farão carinho nela
Que acenará para cada vagalume
Livre
E brilhante
Como será o seu caminho

Amanhã ela sai da prisão
Sem grades
Visíveis
Sem ter cometido crime algum
Sem ter feito mal algum
Sendo apenas o que sou e o que todos somos
E somos um
E sai pra ser feliz

domingo, 10 de maio de 2009

Mau Jeito










Mau Jeito
Letra: Marcio Teixeira de Mello

Sol que late lá fora
E eu já estou aqui dentro de novo

Mas tudo fica bem agora
Eu sei o que é que eu ouço

Você me abre as portas
Fico de joelhos
E não sei me comportar
Me perco diante dos espelhos
E não sei

Desculpe qualquer mal entendido
Desculpe o mau jeito
Desculpe tudo de ruim que acontece
No meu peito
Não tenho controle, não

Não tem controle, não

Não posso me retratar
Queria confirmar
Mas é muito complicado
Queria estar contigo
Estar sempre do seu lado

E agora
O que pensar?

O que dizer pra você?

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Para baixar a música, assim, de graça,
clique aqui.


sexta-feira, 8 de maio de 2009

Hepático

Não sente o cheiro da ração,
do fígado regenerando-se,
da seringa sem agulha que despeja cura?

Vamos todos clarear o amarelo

Mas esqueça os dentes

Não é nada disso

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Tirar as aspas de doenças
E doenças de aspas
De vespas
De moscas
Vastas
No sangue

Asas de inseto se diluem
Já que moscas não sabem nadar

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Reafirmo o amor total
E o chute no saco do mundo real
Na real, não se inventa a doença
O problema
O sim e o não

Tudo é branco no campo de amor que todos devemos seguir

E o que não é,
dentro do animal,
que também é amor,

Será.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Tudo Está Arruinado

Dia desses achei o vídeo da fantástica "Everything's Ruined", do Faith No More. Que coisa linda. Algo justo para a melhor coisa do "Angel Dust".

Então, dia desses, a Carol, minha linda esposa e garota que saca das paradas, me recomendou dar uma conferida nessa letra do Mike Patton. Realmente nunca havia me ligado nela.

Vi, e tive que colocar aqui. Aproveitem esse momento mágico, de harmonia inicial, aparente lucro e desgraça final. E em português, estilo "Good Times 98".

Tudo Está Arruinado

Nós éramos tão felizes...
As coisas deram melhor do que havíamos planejado
Capital do garoto, mulher e homem
Nós éramos como tinta e papel
Ou números em uma calculadora

Sabíamos aritimética tão bem
Fazendo hora-extra
Nós completamos o que foi nomeado
Nós tivemos que nos multiplicar

Um pequeno bebê saltitante
Um centavo de cobre brilhante

E ele se gastou
Não nos escutaria
Mas quando ele perdeu o apetite
Ele perdeu seu peso em amigos

Ele se tornou um niquel gordo tão rápido

Então veio a puberdade
Exponencialmente
Logo, nosso menino se tornou um milhão
As pessoas o amam tanto
E ajudaram-no a crescer

Todo mundo sabia a coisa que era melhor
Claro, nós temos de investir
Um centavo não fará a menor diferença

E ele nos deixou orgulhosos
Ele nos deixou ricos
Mas como devíamos saber
Ele era falso

Agora tudo está arruinado

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E tome o vídeo

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Eu sou é Flamengo, rapá!!!



Eu sou é Flamengo, meu amigo. Sem palhaçadinha. Sem humor errado.
Sem branquitude otária e direitismo retardado.

Sou Flamengo, irmão.
Favelado, você diria.

Sim, favelados, e iremos invadir sua casa, enfiar troféus na sua geladeira e pixar suas paredes de vermelho e preto.

Faremos seus filhos se tornarem rubro-negros. Serão felizes, acredite.

Pois somos a alegria. O gol inesperado. O seu pênalti que não entra. A cobrança que não falha.

O azar que vira sorte.
O ingresso falso que funciona por mágica.

O sanduíche que não se paga.
A cerveja moralmente ofensiva à ordem.

Somos o Kléberson. Somos o Bruno. Somos o Angelim lembrando que a diminuta torcida do Botafogo não merecia nada de bom.

Afinal, o bem só pode tocar o que existe, correto?


Somos o 3, o 5 e o 31.


Somos, e desde 1895.




E por isso...



...os otários passam mal.




Flagra: os oito otários passando mal