Sobre o episódio de hoje em Vila Isabel, ok: o policial cumpriu seu papel, a galerinha aplaudiu e tal... Só continuo não entendendo essa de uma vida valer mais do que a outra.
Entendo os argumentos de todo mundo, e até as posições mais radicais, porque há motivos para se posicionar de forma radical, mas, cara, nenhuma vida vale mais do que a outra.
Quem é quem para escolher quem deve viver e quem deve morrer? Se o que chamam de "bandido" é o cara acusado de não valorizar a vida do outro e matar sem piedade, o governo, ao matá-lo, também sem piedade (levar corpo para hospital não é sinal de piedade) não se iguala a ele? Que porra de mundo é esse em que é certo que um morra e errado que outro morra? Existem balas boas e balas más? Armas boas e armas más? Fala sério...
Institucionalização da barbárie. E geral aplaude. Lamentável...
Claro que a gente vai para o campo da teoria, mas os policiais tinham que ser melhor preparados para vencer os meliantes sem ter que dar uma de "corte marcial instantânea", como fazem - e agradam - atualmente.
Ganhar na conversa, tentar entrar na cabeça do cara sem ser com um projétil. Jogar o jogo dele e, quando o cara baixar a guarda, 10 policiais já estarão em cima, imobilizando o maluco.
O jeito atual é fácil. Atira, mata o cara, às vezes mata o refém também... E vida que segue. Cara, é bem possível que tiros de alta precisão possam ser disparados com armas não letais... Mas a cultura da morte já faz parte do nosso dia a dia. A morte de um cara desses é motivo de festa aqui na comunidade. Ninguém pensa que o maluco que, sim, tava na vida errada, fazendo merda, talvez tivesse mãe, pai, filho, e talvez tivesse jeito.
Vê lá o Marcelo Yuka... Tentou ajudar a mulher que estava sendo assaltada e levou tiros que fizeram o cara perder os movimentos das pernas para sempre. Ele poderia estar aí, participando de movimentos pró-pena de morte e tal... Mas não: o cara mostra e explica filmes para presidiários - caras que poderiam ser aqueles que fuzilaram seu carro.
E aí, pessoas pró-bala, pró-morte: o que dizer sobre um cara como o Yuka? É otário? Não, irmandade: é mestre.
Entendo os argumentos de todo mundo, e até as posições mais radicais, porque há motivos para se posicionar de forma radical, mas, cara, nenhuma vida vale mais do que a outra.
Quem é quem para escolher quem deve viver e quem deve morrer? Se o que chamam de "bandido" é o cara acusado de não valorizar a vida do outro e matar sem piedade, o governo, ao matá-lo, também sem piedade (levar corpo para hospital não é sinal de piedade) não se iguala a ele? Que porra de mundo é esse em que é certo que um morra e errado que outro morra? Existem balas boas e balas más? Armas boas e armas más? Fala sério...
Institucionalização da barbárie. E geral aplaude. Lamentável...
Claro que a gente vai para o campo da teoria, mas os policiais tinham que ser melhor preparados para vencer os meliantes sem ter que dar uma de "corte marcial instantânea", como fazem - e agradam - atualmente.
Ganhar na conversa, tentar entrar na cabeça do cara sem ser com um projétil. Jogar o jogo dele e, quando o cara baixar a guarda, 10 policiais já estarão em cima, imobilizando o maluco.
O jeito atual é fácil. Atira, mata o cara, às vezes mata o refém também... E vida que segue. Cara, é bem possível que tiros de alta precisão possam ser disparados com armas não letais... Mas a cultura da morte já faz parte do nosso dia a dia. A morte de um cara desses é motivo de festa aqui na comunidade. Ninguém pensa que o maluco que, sim, tava na vida errada, fazendo merda, talvez tivesse mãe, pai, filho, e talvez tivesse jeito.
Vê lá o Marcelo Yuka... Tentou ajudar a mulher que estava sendo assaltada e levou tiros que fizeram o cara perder os movimentos das pernas para sempre. Ele poderia estar aí, participando de movimentos pró-pena de morte e tal... Mas não: o cara mostra e explica filmes para presidiários - caras que poderiam ser aqueles que fuzilaram seu carro.
E aí, pessoas pró-bala, pró-morte: o que dizer sobre um cara como o Yuka? É otário? Não, irmandade: é mestre.