Tentei me imaginar ouvindo os álbuns pela primeira vez e o impacto causado caso eu já não tivesse escutado, por exemplo, os lançados em 2001 umas 700 vezes.
Me limitei a colocar um disco por artista.
É um trabalho é tão difícil que chega a ser doloroso. Tentei a todo custo cortar um dos 26 para chegar ao redondo número 25, mas não consegui.
Taí o ranking:
10
Gostei mais da mixtape do que do álbum. Man On The Moon, o disco, não tem os sonzinhos emendados e várias músicas fodonas, como 50 Ways To Make a Record e The Prayer. Muitas bases que entraram em A Kid Named Cudi (do N.E.R.D., Outkast, Gnarls Barkley...) não devem ter sido liberadas.
Ween - Quebec
A banda mais demente do mundo. Linda. Quebec é cheio de bons momentos, mas em especial The Argus, a penúltima faixa, que entraria fácil numa compilação que eu estaria condenado a escutar para sempre em uma ilha deserta.
9
Omar A. Rodriguez Lopez - Xenophanes
Depois de lançar 14 mil discos solo do qual se safava apenas um, o cara comete o lindo Xenophanes. Repeat várias vezes e surpresa com a voz do Omar, que agora também canta. Aliás, ele canta igual ao Cedric, seu parceiro de Mars Volta. Não sei quem imita quem.
N.E.R.D. - In Search Of
Pharrell é o cara. No disco de estréia do N.E.R.D. há muito mais mexeção funk e soul de cadeiras do que no bem roqueiro, e um pouco menos foda, Fly Or Die. Mas também há momentos pacíficos no som, mas bem atormentados nas letras. O último álbum da banda, Seeing Sounds, também é demais, e cai dentro da porradaria jungle/drum n' bass sem medo nenhum. Gosto pra caralho.
8
Chromeo - Fancy Footwork
Para dançar rindo. Synth Funk fantástico!!! Até traços de Miami Bass podem ser encontrados na urina do disco.
Monster Magnet - 4-Way Diablo
O canhoto está na estrada. Esse álbum e mais o Powertrip formam uma dupla arrebatadora. Peso e canção na medida exata. Refrões inesquecíveis. Cérebro dentro de um jarro, pênis num saco plástico. Drogas. Satan wins.
7
Sebastién Tellier - Sexuality
Sexo e sintetizadores em francês. Que bonito é!
The White Stripes - Elephant
Valor histórico inquestionável. Na época do lançamento eu traçava paralelos entre o álbum e o Nevermind, tanto pela força das músicas quanto pela facilidade que tive para tirar o disco todo no violão. Hoje não escuto. Não consigo mais. Quem sabe em 2013...
6
The Hoosiers - The Trick To Life
Disco mais injustiçado da década. Todas as músicas são redondaças e o vocalista é foda pra cacete. Na moral, ouçam.
The Rapture - Pieces Of People That We Love
Dançante até a medula. Mas, porra, o baixista, logo ele, que canta a melhor do álbum, Whoo! Alright, Yeah... Uh Huh, e que se destaca no uso do instrumento, saiu da banda. Lamentável.
5
Cidadão Instigado - Uhuuu!
Rádio AM na praia.
Dave Navarro - Trust No One
Um disco que, assim como A Tábua de Esmeralda, chama vento. Incrível. Dez faixas negro-cinzentas que se encaixam de maneira impressionante. Uma pena o cara não ter lançado mais nada.
Kanye West - 808s & Heartbreak
Me remete a um clima semelhante ao do To Record Only Water For Ten Days. É a bateria eletrônica, a tal 808, provavelmente. Kanye West canta no disco todo, mas, independente dos autotunes da vida (estúdio é pra isso mesmo, né?), são muitas as faixas fodalhonas. Love Lockdown é, certamente, uma das músicas que eu mais gosto e já escutei nessa vida.
Klaxons - Myths Of The Near Future
Disco feliz e escuro. Na Atlântida e na Interzona ao mesmo tempo. Mas quem me disse que a Atlântida era feliz?
4
Ataxia - Automatic Writing
Hipnose.
Elliott Smith - From a Basement on the Hill
O disco póstumo do mestre tá longe de ser seu melhor trabalho, mas apresenta o suficiente para ser um dos melhores da década. Elliott Smith era um beatle que nasceu fora de época. Melodias como as do cara demorarão a surgir nesse planeta.
Gnarls Barkley - St. Elsewhere
Cee-Lo Green é rapper mas canta pra caralho! Danger Mouse é um dos produtores mais sagazes da paróquia. Batidas absurdas. Sons eletrônicos soando ultraorgânicos para nossa alegria, povo adepto dos agrotóxicos. Não podia dar em merda.
Hurtmold - Hurtmold
Nunca um disco feito no Brasil me falou tanto sem pronunciar uma única palavra. Nuances, refrões grudentos, quebradas. Maurício Takara é o melhor baterista do mundo.
3
Outkast - Stankonia
Vendo o clipe de Bombs Over Baghdad, quase caí da cadeira. É, de fato, a música da década. O disco é uma interminável sequência de sons arrebatadores. O rap que sabe descambar para o jungle e salva o funk. Faz total sentido. Ok... Se alguém se lembrar que Stankonia é de 2000, então coloco o não menos brilhante Speakerboxxx/The Love Below nessa terceira posição.
Stone Temple Pilots - Shangri-La Dee Da
É o Californication do STP. Melodias pop perfeitas, instrospecção, Hollywood. Viva Scott Weiland.
The Mars Volta - De-Loused In The Comatorium
Quando escutei In The Court Of The Crimson King, achei que tinha visto até onde o progresso espacial podia nos levar. Com o De-Loused, do Mars Volta, entendi que as rotas interestrelares são bem mais variadas do que eu podia imaginar. Guitarras que flutuam e rasgam ao mesmo tempo conversam com uma latinidade que foge dos clichês cucarachos. Lindo.
2
Mew - And The Glass Handed Kites
É o melhor disco que o Yes nunca gravou.
Queens Of The Stone Age - Songs For The Deaf
Nick Oliveri faz falta. Era a agressividade e porra louquice que complementava o jeito Homme de fazer música. E, porra, uma banda com mais de um vocalista (ainda tem o Mark Lanegan) é sempre mais legal, né? Vide Beatles! Além da sempre comentada atuação triturante do Dave Grohl, destaque para Dean Ween no violão da sensacional Mosquito Song.
Red Hot Chili Peppers - By The Way
John Frusciante entra na cabine, amordaça o piloto e assume o comando. Harmonias vocais fodalhonas em todas as músicas. A banda se reinventa. I Could Die For You é a canção mais subestimada da história dos caras.
Silverchair - Diorama
Daniel Johns é um Brian Wilson levemente mais saudável.
1
John Frusciante - O Disco da Internet
O álbum é uma caixinha de música com 21 faixas com média de, sei lá, 1 minuto e 30 segundos de duração. Lindo e frágil do início ao fim. Perfeito.
Me limitei a colocar um disco por artista.
É um trabalho é tão difícil que chega a ser doloroso. Tentei a todo custo cortar um dos 26 para chegar ao redondo número 25, mas não consegui.
Taí o ranking:
10
Kid Cudi - A Kid Named Cudi
Gostei mais da mixtape do que do álbum. Man On The Moon, o disco, não tem os sonzinhos emendados e várias músicas fodonas, como 50 Ways To Make a Record e The Prayer. Muitas bases que entraram em A Kid Named Cudi (do N.E.R.D., Outkast, Gnarls Barkley...) não devem ter sido liberadas.
Ween - Quebec
A banda mais demente do mundo. Linda. Quebec é cheio de bons momentos, mas em especial The Argus, a penúltima faixa, que entraria fácil numa compilação que eu estaria condenado a escutar para sempre em uma ilha deserta.
9
Omar A. Rodriguez Lopez - Xenophanes
Depois de lançar 14 mil discos solo do qual se safava apenas um, o cara comete o lindo Xenophanes. Repeat várias vezes e surpresa com a voz do Omar, que agora também canta. Aliás, ele canta igual ao Cedric, seu parceiro de Mars Volta. Não sei quem imita quem.
N.E.R.D. - In Search Of
Pharrell é o cara. No disco de estréia do N.E.R.D. há muito mais mexeção funk e soul de cadeiras do que no bem roqueiro, e um pouco menos foda, Fly Or Die. Mas também há momentos pacíficos no som, mas bem atormentados nas letras. O último álbum da banda, Seeing Sounds, também é demais, e cai dentro da porradaria jungle/drum n' bass sem medo nenhum. Gosto pra caralho.
8
Chromeo - Fancy Footwork
Para dançar rindo. Synth Funk fantástico!!! Até traços de Miami Bass podem ser encontrados na urina do disco.
Monster Magnet - 4-Way Diablo
O canhoto está na estrada. Esse álbum e mais o Powertrip formam uma dupla arrebatadora. Peso e canção na medida exata. Refrões inesquecíveis. Cérebro dentro de um jarro, pênis num saco plástico. Drogas. Satan wins.
7
Sebastién Tellier - Sexuality
Sexo e sintetizadores em francês. Que bonito é!
The White Stripes - Elephant
Valor histórico inquestionável. Na época do lançamento eu traçava paralelos entre o álbum e o Nevermind, tanto pela força das músicas quanto pela facilidade que tive para tirar o disco todo no violão. Hoje não escuto. Não consigo mais. Quem sabe em 2013...
6
The Hoosiers - The Trick To Life
Disco mais injustiçado da década. Todas as músicas são redondaças e o vocalista é foda pra cacete. Na moral, ouçam.
The Rapture - Pieces Of People That We Love
Dançante até a medula. Mas, porra, o baixista, logo ele, que canta a melhor do álbum, Whoo! Alright, Yeah... Uh Huh, e que se destaca no uso do instrumento, saiu da banda. Lamentável.
5
Cidadão Instigado - Uhuuu!
Rádio AM na praia.
Dave Navarro - Trust No One
Um disco que, assim como A Tábua de Esmeralda, chama vento. Incrível. Dez faixas negro-cinzentas que se encaixam de maneira impressionante. Uma pena o cara não ter lançado mais nada.
Kanye West - 808s & Heartbreak
Me remete a um clima semelhante ao do To Record Only Water For Ten Days. É a bateria eletrônica, a tal 808, provavelmente. Kanye West canta no disco todo, mas, independente dos autotunes da vida (estúdio é pra isso mesmo, né?), são muitas as faixas fodalhonas. Love Lockdown é, certamente, uma das músicas que eu mais gosto e já escutei nessa vida.
Klaxons - Myths Of The Near Future
Disco feliz e escuro. Na Atlântida e na Interzona ao mesmo tempo. Mas quem me disse que a Atlântida era feliz?
4
Ataxia - Automatic Writing
Hipnose.
Elliott Smith - From a Basement on the Hill
O disco póstumo do mestre tá longe de ser seu melhor trabalho, mas apresenta o suficiente para ser um dos melhores da década. Elliott Smith era um beatle que nasceu fora de época. Melodias como as do cara demorarão a surgir nesse planeta.
Gnarls Barkley - St. Elsewhere
Cee-Lo Green é rapper mas canta pra caralho! Danger Mouse é um dos produtores mais sagazes da paróquia. Batidas absurdas. Sons eletrônicos soando ultraorgânicos para nossa alegria, povo adepto dos agrotóxicos. Não podia dar em merda.
Hurtmold - Hurtmold
Nunca um disco feito no Brasil me falou tanto sem pronunciar uma única palavra. Nuances, refrões grudentos, quebradas. Maurício Takara é o melhor baterista do mundo.
3
Outkast - Stankonia
Vendo o clipe de Bombs Over Baghdad, quase caí da cadeira. É, de fato, a música da década. O disco é uma interminável sequência de sons arrebatadores. O rap que sabe descambar para o jungle e salva o funk. Faz total sentido. Ok... Se alguém se lembrar que Stankonia é de 2000, então coloco o não menos brilhante Speakerboxxx/The Love Below nessa terceira posição.
Stone Temple Pilots - Shangri-La Dee Da
É o Californication do STP. Melodias pop perfeitas, instrospecção, Hollywood. Viva Scott Weiland.
The Mars Volta - De-Loused In The Comatorium
Quando escutei In The Court Of The Crimson King, achei que tinha visto até onde o progresso espacial podia nos levar. Com o De-Loused, do Mars Volta, entendi que as rotas interestrelares são bem mais variadas do que eu podia imaginar. Guitarras que flutuam e rasgam ao mesmo tempo conversam com uma latinidade que foge dos clichês cucarachos. Lindo.
2
Mew - And The Glass Handed Kites
É o melhor disco que o Yes nunca gravou.
Queens Of The Stone Age - Songs For The Deaf
Nick Oliveri faz falta. Era a agressividade e porra louquice que complementava o jeito Homme de fazer música. E, porra, uma banda com mais de um vocalista (ainda tem o Mark Lanegan) é sempre mais legal, né? Vide Beatles! Além da sempre comentada atuação triturante do Dave Grohl, destaque para Dean Ween no violão da sensacional Mosquito Song.
Red Hot Chili Peppers - By The Way
John Frusciante entra na cabine, amordaça o piloto e assume o comando. Harmonias vocais fodalhonas em todas as músicas. A banda se reinventa. I Could Die For You é a canção mais subestimada da história dos caras.
Silverchair - Diorama
Daniel Johns é um Brian Wilson levemente mais saudável.
1
John Frusciante - O Disco da Internet
O álbum é uma caixinha de música com 21 faixas com média de, sei lá, 1 minuto e 30 segundos de duração. Lindo e frágil do início ao fim. Perfeito.
Um comentário:
tu é doido, brother! trust no one é do caralho!
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