quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Helicópteros cadentes: simplificando o bagulho

As pessoas entendem o termo "tráfico de drogas" como sinônimo de "banditismo". Só isso. Não analisam as palavras separadamente e o que elas juntas significam...

Se as drogas continuam proibidas, e o ser humano continua seguindo seus instintos e adquirindo vícios, a venda ilegal seguirá para sempre. Simples.

Não discuto helicópteros, caveirões, calibres e nem salário de policial. Discuto a sociedade negando que o homem é viciado por natureza.

Isso de negar que temos o entorpecimento nos gens e combater o fato é algo como a igreja lutar contra os pênis dos padres.

Mas é aquilo: não legalizam as drogas porque tirariam das comunidades o real pacificador delas, que é o puro e simples comércio.

Para os governantes, as drogas são o apito da panela de pressão social: é barulhento, mas necessário. Deixam "eles lá, nós cá". Não enxergam que, na verdade, não existe isso de "nós" ou "eles". Somos, ou éramos para ser, verdadeiramente iguais.

Mas se o apito entope e as drogas são legalizadas, as "firmas" quebram, pois some o produto. Explode panela, fogão e cozinha.

Diversificação comercial talvez signifique roubo a bancos ou sequestros em prédios de luxo. Tudo que nenhum prefeito ou governador quer...

Resumindo: combate ao tráfico de drogas é enxugar gelo. Circo. Palhaçada. Não acabam com a parada porque não podem, porque precisam dela.

Então, garotada, não chorem por helicópteros abatidos. O helicóptero, do alto de sua inutilidade, não choraria por ninguém.

2 comentários:

Daniele Garcia disse...

Claro. Daria muito mais trabalho acabar com o "comércio" no asfalto. Além disso, no meio desse feijão todo, fica mais fácil esconder na panela os crimes (esqueça tráfico) de que são vítimas os moradores de comunidades, que nem sempre têm a ver com drogas. Eles lá, eu cá, como vc disse.

Wania Bie disse...

A foto é essa mesma e não enxergo saída. Mandou bem.