Então vive nesse universo sobre o qual não sabemos nada
Até que chega a hora de sua partida
Adentra a cápsula
Caminho longo (sabe o começo dos Thundercats? lembro pouco...)
Dias que parecem meses que parecem décadas em suspensão
E depois de tanto tempo nessa necessária quase hibernação
(Aquilo ali já é um casulo, cara)
Só espera a hora de pousar
De nascer
(bebês têm me feito pensar em astronautas)
segunda-feira, 6 de junho de 2011
sexta-feira, 25 de março de 2011
Ayrton Senna

Não aguento ver nada sobre o Ayrton Senna.
Bem cansativo esses papo de "heroi".
Queria era vê-lo pilotar um fogão das 9h até meia-noite, com uma folga por semana.
Isso sim seria heroico.
Bem cansativo esses papo de "heroi".
Queria era vê-lo pilotar um fogão das 9h até meia-noite, com uma folga por semana.
Isso sim seria heroico.
Aos cozinheiros do Brasil, o meu abraço.
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quinta-feira, 24 de março de 2011
O chicote vascaíno

"- Agora deixa de frescura, vista essa camisa e venha lutar contra o racismo"
Então o vasco lançará hoje seu novo terceiro uniforme, que tem como mote a luta contra o racismo?
Ok...
O curioso é que o clube, por mais que tenha sido o segundo a contar com negros em seu time de futebol (o Bangu foi o primeiro), tem uma torcida que sempre fez questão de se referir à do Flamengo como urubus (termo que, embora depois tenha sido "abraçado" pelos rubro-negros, originalmente era depreciativo e tinha como alvo a grande parcela negra dos torcedores flamenguistas). Quando feliz, essa mesma torcida vascaína gosta de pedir "silêncio na favela". O fantasma do senhor de engenho, do hitler das senzalas, é muito forte em São Januário.
Mas então o vasco lançará hoje seu novo terceiro uniforme, que tem como mote a luta contra o racismo?
Ok...
Ok...
No Grajaú, Iaiá
Samba de José Francisco de Freitas e Dan Malio Carneiro, composto em 1930.
Trecho citado por Almirante no programa "No Tempo de Noel Rosa", transmitido pela Rádio Tupi em 1951.
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segunda-feira, 21 de março de 2011
Dona Vasca
Flamengo e Dona Vasca eram um casal em pé de guerra. Viviam batendo de frente, até que a mulher, cansada de ser brutalmente agredida, deu fim ao casamento e se afundou num submundo de drogas e humilhação pública. E sumiu do mapa.
Agora, depois de dois dias seguidos em que alguém diz pra Dona Vasca que ela "até que tem uma bundinha", a mulher já acha que pode, que quer e que tem chance de voltar para os braços do amado.
Mas tem nada... Nem lembramos dela. Não pensamos nela.
Que a Dona Vasca arranque nosso poster do seu quarto.
Agora, depois de dois dias seguidos em que alguém diz pra Dona Vasca que ela "até que tem uma bundinha", a mulher já acha que pode, que quer e que tem chance de voltar para os braços do amado.
Mas tem nada... Nem lembramos dela. Não pensamos nela.
Que a Dona Vasca arranque nosso poster do seu quarto.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Sobre falácia e tradição (um texto elucidativo dedicado aos historicamente ludibriados botafoguenses)

É sempre a mesma história: basta começar a falar de futebol com um botafoguense para que ele se agarre ao bote salva-vidas da dita "tradição". Mas falam baseando-se no "ouvi dizer"...
Então, meus amigos, saquem só um rápido comparativo entre Flamengo e Botafogo no que diz respeito a tradição e glórias nos tempos idos. É rápido.
1. A instituição Flamengo é mais antiga do que o Botafogo.
2. A torcida do Flamengo sempre foi maior. Ok. Isso não é sinônimo de tradição e vitórias, certo? Popularidade não é tradição, certo?
Então vamos à quantidade de títulos estaduais por década:
1900 - Botafogo 1 a 0 (em 1907 - e o Flamengo ainda não participava)
1910 - 2 a 2
1920 - 4 a 0 Mengão
1930 - 5 a 1 Botafogo
1940 - 3 a 1 Mengão
1950 - 3 a 1 Mengão
1960 - 4 a 2 Botafogo
1970 - 5 a 0 Mengão
1980 - 2 a 1 Mengão
1990 - 3 a 2 Mengão
2000 - 6 a 1 Mengão
Com a década de 2010 em aberto (considerando início de década os anos iniciados em zero, né), tá um a zero Botafogo.
Agora, os títulos nacionais, também por década:
1960 - 1 a 0 Botafogo
1970 - 0 a 0
1980 - 3 a 0 Mengão
1990 - 2 a 1 Mengão (1 Brasileiro + 1 Copa do Brasil)
2000 - 2 a 0 Mengão (1 Brasileiro + 1 Copa do Brasil)
Aí eu pergunto, baseando-me em números: onde está a tradição do Botafogo se comparada à do Flamengo?
Nesse embate particular, as décadas de 30 e de 60 foram do Botafogo. Ok. Palmas!
E quanto aos anos 20, 40, 50, 70, 80, 90 e 2000? Não contam?
Acho que, no final, o Botafogo é tido como tradicional só por ser um time em preto e branco. Na verdade, o clube de General Severiano é, no máximo, um time "vintage", envelhecido, amarelando numa gaveta qualquer.
Então, meus amigos, saquem só um rápido comparativo entre Flamengo e Botafogo no que diz respeito a tradição e glórias nos tempos idos. É rápido.
1. A instituição Flamengo é mais antiga do que o Botafogo.
2. A torcida do Flamengo sempre foi maior. Ok. Isso não é sinônimo de tradição e vitórias, certo? Popularidade não é tradição, certo?
Então vamos à quantidade de títulos estaduais por década:
1900 - Botafogo 1 a 0 (em 1907 - e o Flamengo ainda não participava)
1910 - 2 a 2
1920 - 4 a 0 Mengão
1930 - 5 a 1 Botafogo
1940 - 3 a 1 Mengão
1950 - 3 a 1 Mengão
1960 - 4 a 2 Botafogo
1970 - 5 a 0 Mengão
1980 - 2 a 1 Mengão
1990 - 3 a 2 Mengão
2000 - 6 a 1 Mengão
Com a década de 2010 em aberto (considerando início de década os anos iniciados em zero, né), tá um a zero Botafogo.
Agora, os títulos nacionais, também por década:
1960 - 1 a 0 Botafogo
1970 - 0 a 0
1980 - 3 a 0 Mengão
1990 - 2 a 1 Mengão (1 Brasileiro + 1 Copa do Brasil)
2000 - 2 a 0 Mengão (1 Brasileiro + 1 Copa do Brasil)
Aí eu pergunto, baseando-me em números: onde está a tradição do Botafogo se comparada à do Flamengo?
Nesse embate particular, as décadas de 30 e de 60 foram do Botafogo. Ok. Palmas!
E quanto aos anos 20, 40, 50, 70, 80, 90 e 2000? Não contam?
Acho que, no final, o Botafogo é tido como tradicional só por ser um time em preto e branco. Na verdade, o clube de General Severiano é, no máximo, um time "vintage", envelhecido, amarelando numa gaveta qualquer.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Carne
Você vive em casa. Ao seu lado, seu bicho.
Um dia, coroa, procurando seu óculos no escuro do seu apartamento, tropeça. E cai.
Na queda, bate sua cabeça. Fica ali, desacordado por um dia inteiro.
Seu animal, seu amigo, ao seu lado, chora. Quer que você levante. Late/mia baixinho.
Você ouve, mas não consegue se mexer. Não sente o corpo, a não ser a leve sensação de estar grudado, molhado. Não percebe, mas seu rosto é sangue. Quando percebe, desmaia.
Perdeu muito sangue. Já não sente mais nada. E nem pronunciar um mísero som. Fraco demais.
Seu amigo agora late/mia de fome. Sete dias sem comer.
Desmaia. Acorda. Latidos/miados. Há um pedaço de carne solta na sua testa.
Desmaia. Acorda. Latidos/miados. Há um pedaço de carne solta na sua testa.
Desmaia. Acorda. Não há mais latidos e nem miados.
Percebe que não enxerga como um olho e que o outro está absolutamente imprestável.
Com o pouco que vê, vê o amigo.
E o amigo lambe os beiços.
Desmaia. Não acorda.
Um dia, coroa, procurando seu óculos no escuro do seu apartamento, tropeça. E cai.
Na queda, bate sua cabeça. Fica ali, desacordado por um dia inteiro.
Seu animal, seu amigo, ao seu lado, chora. Quer que você levante. Late/mia baixinho.
Você ouve, mas não consegue se mexer. Não sente o corpo, a não ser a leve sensação de estar grudado, molhado. Não percebe, mas seu rosto é sangue. Quando percebe, desmaia.
Perdeu muito sangue. Já não sente mais nada. E nem pronunciar um mísero som. Fraco demais.
Seu amigo agora late/mia de fome. Sete dias sem comer.
Desmaia. Acorda. Latidos/miados. Há um pedaço de carne solta na sua testa.
Desmaia. Acorda. Latidos/miados. Há um pedaço de carne solta na sua testa.
Desmaia. Acorda. Não há mais latidos e nem miados.
Percebe que não enxerga como um olho e que o outro está absolutamente imprestável.
Com o pouco que vê, vê o amigo.
E o amigo lambe os beiços.
Desmaia. Não acorda.
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