sábado, 25 de julho de 2009

Zé Carlos: ídolos nunca morrem


Grande Zé Carlos,

Escrevo-lhe para lhe desejar força e paz. Com isso em mente, tudo fica mais fácil. Originalmente, essa mensagem foi enviada a você em forma de e-mail, quando ainda estava no hospital. Mas, agora, em um novo momento, já sem dor e sofrimento, sinto que é ainda mais necessário transmiti-la a você.

Hoje tenho 29 anos, mas em 87, aos 7, descobri o maravilhoso mundo do futebol. E logo a primeira esquadra rubro-negra que conheci e amei foi a de 87, com você no gol. E por mais que tivéssemos a genialidade de Zico e o talento rebelde do Renato no nosso time, o presente de dia das crianças que pedi para minha mãe não podia ser outro: um uniforme completo de goleiro. Por causa de você.

Quando agarrava, chamava a mim mesmo de estranhos nomes, como Zé Teixeira ou Marcio Carlos, e imaginava que era você quem, por meio de mim, fazia fantásticas defesas de chutes nem tão fantásticos do meu pequeno irmão.

Ali, na garagem vazia de nossa casa, eu era, inquestionavelmente, o Zé Carlos!

Posso dizer com toda a certeza que você foi o meu primeiro grande herói. E até hoje, quando penso em Flamengo e penso em um goleiro, o nome e a imagem de José Carlos da Costa Araújo me vêm à mente imediatamente.

Um grande abraço, Zé. Paz.

Desse seu amigo e fã incondicional,

Marcio Teixeira de Mello Jr.

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