segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Não acredito em Beatles


Exatamente: não acredito em Beatles. Acho que a banda é, na verdade, uma lenda desenvolvida por uma seita de compositores e músicos populares espalhados pelo mundo e mantida intacta por quase cinqüenta anos graças a muito trabalho de desinformação. Honestamente, digam-me se é possível que apenas quatro pessoas magras, perecíveis, brancas, inglesas, tenha sido capazes de criar um turbilhão sonoro/criativo de tamanha magnitude. Duvido. Homens não conseguem ser tão simples e tão complexos ao mesmo tempo, e, claro, não conseguem criar sons que não apenas são eternos, mas que não envelhecem nem um centímetro vélhico por ano (por favor, me digam qual a unidade de envelhecimento vigente hoje em dia).

Se alguém insiste que a história da existência dos caras é real, alegando que seria quase impossível manter um complô na ativa por meio século (não sabem nada...), aí já apresento outro argumento, que é o de achar muito estranho que Deus tenha permitido que os quatro pequenos monstros se encontrassem na mesma vida, época e cidade. Acredito que se os quatro apenas se vissem seria o suficiente para que uma onda de surtos psicóticos atingisse as redondezas e que senhoras de meia idade fossem contempladas por combustões espontâneas, entre outras tragédias menores que certamente machucariam centenas de nações.

Pois hoje escutei, após um bom tempo, ao perfeito Magical Mystery Tour, que por alguns anos foi - entre os álbuns da banda - o meu favorito. Trilha sonora de filme de mesmo nome, a obra é algo como uma coleção de lindos e bizarros ultrahits. Tudo muito torto e muito pop. Demais mesmo. O filme ainda não vi, mas preciso, e logo. Você também precisa, mas talvez não saiba disso. Acho que a primeira vez que ouvi o LP foi em 98, e é incrível como aquela atmosfera maluca e quente e feliz permanece a mesma até agora, e acho que continuará assim para sempre. Em novembro, Magical Mystery Tour completará quarenta anos de idade, sendo muito mais moderno do que tudo que foi lançado nos últimos quarenta dias.

Por favor, Blue Jay Way:

6 comentários:

César Marins disse...

O que eles fizeram, de fato, é dificil de se repetir. Eu os acho cansativos, as vezes, mas gosto de algumas, e gosto bastante do George. Talvez seja questão de tempo, como foi com o Led, ou nunca goste muito mesmo. Só o tempo dira.

Sobre a música deles não ter envelhecido, é verdade. Discos dos strokes, por exemlo, já parecem ter sido gravados há trinta anos atrás, e qualquer música dos Beatles tem uma força maior do que qualquer música pop atual. Perdendo só para o Justin e a Ivete, claro.

César Marins disse...

Você e Elliott me forçaram a ouvi-los.

Porra.

Marcio Teixeira de Mello disse...

Como já diria Ivete, "arerê, um love love love com você", referindo-se, é claro, a "All You Need Is Love".

ton disse...

Fala Marcio!
massa teu blog!

The Beatles marcou a historia quando comecaram a ficar louco e fizeram o Magical Mystery Tour e o Sgt Pepper's pra nao ficar so na historia de banda pop.
vi o filme e se aquilo nao tem menssagem subliminar nada mais tem,hehehe
E classe porque e anti pop,bizarro e com uma historinha que deve ter sido criada pelo Ringo,hehe

Anônimo disse...

estava pensando ainda essa semana sobre os mestres musicais do nosso tempo.

hoje, eu sou bob marley!

Anônimo disse...

Cheguei,irmão. Não sairei mais, apesar de vc não goistar do meu blog. Eu sou fanfarrão, foda-se!

Beatles é como o Flamengo de Zico. Brilhante, belo e emocionante. É a única música que me arranca lágrimas frequentemente. Assim como ver os belos gols do Zicão, principalmente na final da Libertadores.

Beatles é o Flamengo da música. E vice-versa.

E Abbey Road, o melhor disco.