segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Proteção e Morte e Animais na Estrada


Descubra as músicas que irão lhe proteger ao longo de sua vida, e faça isso logo. Não me diga o que é proteger, e nem do que lhe guardarão, mas descubra. Existem algumas, algumas várias, várias centenas de canções capazes de impedir que você viva a tristeza, fora aquelas que evitam acidentes, assaltos, maus sonhos e tiques nervosos. Varia de pessoa para pessoa, mas, de qualquer forma, tenha seu exército à mão sempre que preciso e se salve do mundo. Aliás, o que lhe protege do quê? Achando seu som certo, avise-me.

Falando em globo cruel, The Bridge, documentário de Eric Steel sobre os suicidas que se tornam suicidas ao saltar da ponte Golden Gate, entra em circuito no próximo dia 24. Rodado em 2004, o filme registra 24 pulos que dão cabo à existência e, pelo que é dito, gera um indescritível vazio nas mentes dos espectadores. Analisar o ser humano em situações corriqueiras é interessante, porém ver seus últimos minutos pode ser mais do que isso. Situações do dia-a-dia acontencem - hum - o tempo todo, mas quantos últimos minutos você presenciou?

Inevitável: o suicídio atrai. Não minta. Aliás, a morte, em geral, é algo tão natural e inevitável que chama a atenção de qualquer um, e o tempo todo. Eu, particularmente, não me sinto tão carniceiro até mesmo por nunca ficar procurando corpos nas estradas quando o veículo que me conduz passa ao lado de um amontoado de ferro retorcido. Costumo olhar para a música que estou escutando (e que possivelmente me protege) e também para as cabeças curiosas à procura do sangue alheio. No entanto, quando, de longe, vejo algo parecido com um cachorro caído no caminho (nada contra os cachorros), apesar de torcer para que não seja um bicho morto, admito decepcionar-me ao constatar que se tratava de apenas um pedaço de pano jogado na rodovia.

Uma vez vi um cachorro transparente correndo no meio da estrada em um pequeno trecho entre Rio e Friburgo, mas isso já é uma outra história...

3 comentários:

César Marins disse...

Quando estudava em escola de freiras, certa vez me fizeram assistir o velório de uma garota estudante que morreu. Eu tinha 8 anos, coisa assim. Bala na cabeça, flores na testa. 11 anos depois, ainda vejo o caixão vindo até mim, e a garota levantando. A morte traumatiza, a morte fascina, a morte só não acaba. Nunca vi animais sendo mortos por carros, nem mortos na estrada, mas após ouvir a história da lotação que passou em cima do cachorro de propósito, comecei a acreditar que a morte pode ser uma enorme piada pra quem fica. O filme parece muito interessante, vou procurar mesmo.

Sobre Omar; já reparou que poucos são os que fazem música boa nessa nossa década que já vai terminando sem nem ter começado?

Unknown disse...

Eu tenho uma certa fascinação por acidentes aéreos... Eu sei que é mórbido, mas eu tenho. :(

Anônimo disse...

Morte a quem não gosta de cachorros e cachorras. No sentido real das palavras. :)